segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Yes, Madam.

Na Casa Branca, os então presidente e primeira-dama são responsáveis por receber aqueles que ocuparam seus cargos no próximo mandando. Hoje foi a vez dos Bush receberem os Obama e, como é de praxe e tem acontecido até hoje, os homens vão ao Salão Oval discutir pautas de governo enquanto as mulheres fazem um verdadeiro tour pela ala residencial do edifício e conversam sobre o funcionamento da casa presidencial, um assunto de tanta relevância para o Estado americano quanto a crise dos bancos. Não, não estou sendo irônica aqui; Qualquer um com o minimo de sensibilidade vai entender que o bom funcionamento de uma casa é essencial para o bom desempenho de um profissional - é por isso que em entrevistas, o pessoal do RH sempre pergunta sobre sua família. Um presidente, por exemplo, precisa de um lar impecável, perfeito ao ponto de ele não ter que se preocupar com absolutamente nada (nem mesmo se sua filha está envolvida em drogas, ou o seu filho enriquece ilicitamente). O povo está acima de tudo.

È aí, nesse momento da conclusão que eu me pergunto: mas, e se fosse ela?

E se a Hilary Clinton tivesse ido para a final do campeonato, vencido a disputa e ganhado o trono presidencial? Eu até consigo imaginar a Laura levando o Bill pelos corredores e explicando os horários do jantar e como se vestir para os eventos sociais (enfatizando que as empregadas não estão disponíveis para atender a prazeres sexuais) e W. Bush recebendo Mrs. H Clinton no Salão Oval e discutindo o próximo pacote de ajuda econômica enquanto ela pensa em contratar um estagiário bem atraente.

Será que a reunião política dos homens e o café com bolo na cozinha das mulheres seriam substituídos por um encontro multidisciplinar? O constrangimento seria o título da biografia do casal Bush porque o que eu não consigo imaginar é George discutindo os embargos à Cuba com Hilary, sem dar olhadas de canto de olho para Bill ou Laura passando informações sobre os empregados com pena da Sra. Presidente pelo grande número de mulheres jovens no quadro de funcionários da Casa Branca.

Não me entendam mal. Sou muito a favor de que mulheres chegue às presidências, mas não posso ignorar o cotidiano das mulheres que trabalham fora e não comparar com a presidência de um país, imaginando que a coisa deve ser ainda pior. Se alguém tiver contato com a Michele Bachelet e quiser pedir que ela comente, eu iria gostar de saber como é ser presidenta.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A constatação

Peguei apenas a parte final da matéria da GloboNews sobre reprodução, mas foi o suficiente para constatar que o sexo é frágil. Sim, o masculino também, mas estou falando é do sexo como um ato, aquele que precisa de, pelo menos, dois elementos para acontecer (e digo elementos porque agora além de animais, tem gente que prefere objetos inanimados). Deixando os objetófilos para um outro artigo, o assunto era a reportagem da GloboNews: algo sobre a relação entre reprodução e qualidade de vida nas grandes cidades. A revelação foi que a poluição é responsável pelo nascimento de mais mulheres do que homens nas metrópoles. Algo a ver com os cromossomos Y não resistirem tão bem às condições climáticas e atmosfericas adversas dos grandes centros urbanos. Algo a ver com o tal cromossomo (o masculino) ser mais frágil.

Isso responde porque as cidades do interior concentram uma proporção maior de homens em relação às mulheres e porque as mulheres em geral são mais preocupadas com o ambiente; puro instinto de proteção da espécie. Acompanha a minha linha de pensamento: toda vez que você dá a partida no carro um cromossomo Y está sendo suprimido e, por enquando, dando espaço a um X. Mas, quando não existirem mais indivíduos XY (homens) no planeta até mesmo a reprodução de XX (mulheres) será algo, digamos, improvável.

A partir de agora vou fazer campanha pela redução da emissão de gás carbônico, redução de horas de trabalho e coleta seletiva de material reciclável. Não que eu seja adoradora do delicado sexo masculino, mas estou longe de querer a sua extinção (pelo menos de forma geral).